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RitaFarinha (Jul. 2008)




BIBLIOTHECA

DE

CLASSICOS PORTUGUEZES



PROPRIETARIO E FUNDADOR

MELLO D'AZEVEDO







Bibliotheca de ClassicosPortuguezes


Proprietario e fundador―Mellod'Azevedo



CHRONICA

DE

EL-REI D. AFFONSO V

POR

Ruy de Pina

VOL. I



[Illustration]


ESCRIPTORIO
147―Rua dos Retrozeiros―147
LISBOA

1901




Duas palavras de introducção

El-rei D. Manuel encomendou com grandeefficacia a Ruy de Pina a chronica de D. Affonso V. E elle escreveubaseado em informações e nos documentos que poude alcançar, com uma sinceridadenotavel em chronista de palacio occupando cargos de confiança regia.

Parcial todavia, pouco inclinado a cousas de Hespanha e da nobreza, conta-nos ahistoria d'esse periodo de fórma que parece preparar o espirito do leitor paraas grandes luctas do reinado seguinte.

A historia da épocha de D. Affonso V importa ao estudo da nacionalidadeportugueza em qualquer ponto de vista. Affirma-se a auctoridade real, apezardas prodigalidades do rei, a independencia da nação em combates rijos, aexpansão ultramarina define-se com o arrojo dos navegantes e dos homens deguerra, a cultura dos espiritos sóbe, os costumes policiam-se, attende-se amelhoramentos materiaes nas povoações.

[6]A propria figura do rei desperta vivamente a attenção; os seus primeiros annospassaram num meio agitado, difficil, triste talvez, pelas luctas palacianas,mas util para a formação de espirito culto pela frequencia, provavel, de homenssuperiores como os infantes D. Pedro e D. Henrique. Pelo que nos conta Ruy dePina foi lastima que Affonso V fosse rei, porque era bom de mais, com sua partede phantasia mansa.

Era um sereno, de piadosa condição, familiar, grande amador demusica e de livros, e tambem de emprezas arriscadas.

Quando a Excellente Senhora professou, grassava em algumas cidades do paiz ocontagio com grande intensidade, elle desconsolado quiz deixar a governança,queria ser leigo no seu mosteiro do Varatojo.

Como era generoso e pouco calculista, sem sentir, pouco a pouco, foiaccumulando de mercês certos fidalgos insaciaveis, o que originou depois agrande lucta dos primeiros annos de João II.

N'esses quadros agitados destacam-se figuras principaes como o infante D.Pedro, o das sete partidas, e D. Henrique o navegador, sempre com a sua idéafixa de descobrir terras, os condes de Viana, e de Avranches, grandes senhores,e aquelle singular bispo D. Garcia de Menezes tão brilhante orador e guerreiroque tristemente encerrou a sua vida.

Outros vultos de raro perfil movimentam ainda a épocha, D. Pedro o rei intrusode A

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