Nota de editor:Devido àquantidade de erros tipográficos existentes neste texto,foram tomadas várias decisões quanto àversão final. Em caso de dúvida, a grafia foimantida de acordo com o original. No final deste livroencontrará a lista de erros corrigidos.

RitaFarinha (Fev. 2008)




BIBLIOTHECA

DE

CLASSICOS PORTUGUEZES



PROPRIETARIO E FUNDADOR

MELLO D'AZEVEDO







Bibliotheca de ClassicosPortuguezes


Proprietario e fundador―Mellod'Azevedo



CHRONICA

DE

EL-REI D. AFFONSO V

POR

Ruy de Pina

VOL. III






ESCRIPTORIO
147―Rua dos Retrozeiros―147
LISBOA

1902





CAPITULO CXLI


De como se fez em Alcacere acoiraça paradefensão e segurança da villa, e como D. Duarte,capitão,se houvera de perder


El-rei entendeu logono fazimento da coiraça d'Alcacere, porcuja mingua quando tornou sobr'ella de Ceuta a nãopôde soccorrer nem bastecer como quizera; porque era maisafastada do mar, do que cumpria para navios sem empedimento econtradição dos de fóra a poderemprover. E tanta ordem e diligencia se poz n'isso ácerca dapedra cantaria e cal, e madeira, e officiaes, e cousas a ellanecessarias, e assi a gente de guarnição que tudodefendesse, que com tudo prestes e enviado a Alcacere, a ditacoiraça se começou logo ásegunda-feira de Ramos XXII dias de Março do anno de mil equatrocentos cincoenta e nove. Na qual obra D. Duarte, de noite e dedia, para bom exemplo de todos assi servia e melhor que qualquer outropobre serviçal que hi andasse.

[6]E em fim por fallecimento de cal; porque a obra se fundou maior e maisforte do que primeiro cuidaram, a dita coiraçanão se acabou senãodepois do S. João do dito anno, e foi ao tempo que D. Duarteera já bem certificado dos ajuntamentos eapurações e convocações queEl Rei de Fez em suas terras e nas alheias fazia para vir outra vezsobr'elle como ficara.

E porque para execução do proposito dos mourosera grande impedimento a coiraça que se fazia de que eramjá bem avisados, por deterem e impedirem a obra com dano emortes dos officiaes que a lavravam, acordaram de enviar para issosecretamente certos alcaides, com mil e quinhentos de cavallo, e outramuita gente de pé, para que dessem n'elles e trabalhassempor desfazer a dita obra.

E com isto, porque D. Duarte com sua gente não leixavad'entrar e fazer grandes cavalgadas e estragos nas terras dos mouros,acertou-se que um dia desavisado do ardil dos alcaides, determinouentrar com a mais gente que nunca entrara. E estando á noitedois veladores praticando sobre o muro, aconteceu que pormáo avisamento e pouco resguardo d'elles, com vozes altas umdescobriu ao outro a entrada de D. Duarte, declarando logo por ondehavia d'entrar, e os lugares a que havia d'ir, e tudo assi apontadocomo que estivera ádeterminação do caso. E acertou-se que um mouroalmograve, que da lingoa dos christãos tinha bomconh
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